sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Revista de Imprensa

"Implantado no nosso país em 2000, o programa Eco-escolas tem cada vez mais aderentes. Actualmente existem cerca de 750 escolas ecológicas em Portugal e a cada ano inscrevem-se mais. Os alunos mostram-se motivados para a causa ambiental e poucos são os que desistem de participar.

Alunos fazem os próprios ecopontos e fertilizantes.


Rita Ferrito, aluna do 11.º ano de Ciências e Tecnologias no Colégio Valsassina, sempre se sentiu sensibilizada para a protecção do meio ambiente e participa no projecto Eco-escolas com um objectivo: "Quero tornar o mundo mais verde." Este é o ponto de partida para o projecto eco-escolas, uma iniciativa a nível mundial para educar os jovens para a protecção ambiental.


Para o professor João Gomes, inscrever-se no Eco-escolas faz todo o sentido: "Pelo interesse e oportunidade em trabalhar a área do ambiente, aproveitando para promover a cidadania e envolver a comunidade na protecção e valores do ambiente."


Os alunos parecem motivados. Todos se reúnem em volta do compostor para ver o fruto do seu trabalho: no ano lectivo anterior tinham-no enchido de ervas, plantas e resíduos orgânicos e agora têm matéria para fertilizar a pequena horta dos alunos do infantário.


No colégio Valsassina, em Lisboa, quase tudo gira em torno do meio-ambiente e do projecto Eco-escolas. "Todas as salas têm um ecoponto feito pelos alunos. Os interruptores têm etiquetas para avisar as pessoas para desligarem a luz antes de sair das salas que não estão a usar", explica o professor. Mas será que os alunos seguem estes conselhos ecológicos? "Os alunos, de uma forma geral, gostam de participar, mesmo os mais velhos", diz João Gomes. E Inês Mateus, sua aluna reforça: "O Eco-escolas é um programa interessante. Conseguiu mudar o meu comportamento. Eu já fazia reciclagem, mas com o Eco-escolas passei a ter outros cuidados para poupar água e electricidade".


Há inclusive escolas onde são os próprios alunos a motivar para a participação no programa, como é o caso do pólo do Lumiar, em Lisboa, da Escola Profissional Gustave Eiffel. "A ideia de participar no Eco-escolas partiu dos alunos da turma de Higiene e Segurança no Trabalho e Ambiente e a escola achou que seriam uma boa ideia. Os alunos de Apoio à Infância também participam para poderem praticar as actividades que um dia irão ensinar aos mais novos", revela Ângela Califórnia.


Motivar os alunos a participar sem ter que os forçar é uma preocupação: "Tentamos criar coisas diferentes para que os alunos participem de forma mais activa. Há alunos que começaram comigo há seis anos, quando estavam no 7.º ano. Actualmente continuam e estão já no 12.º. Nas reuniões que fazemos todos os finais de ano, para fazer o balanço do programa, poucos são os que dizem que não querem continuar", afirma João Gomes."

Fonte: Jornal Diário de Notícias, 19 de Outubro de 2008

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