quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Revista de Imprensa

Inovações informáticas que protegem a Natureza

O objectivo dos cientistas é reduzir até ao próximo ano as emissões de CO2 emitidas pelos computadores em 54 milhões de toneladas por ano, o equivalente às emitidas por 11 milhões de automóveis. O DN apresenta algumas das invenções na área Experimente fazer o seguinte exercício: em vez de usar um monitor de computador com o ecrã todo branco ( com uma página do Word aberta, por exemplo), que consome cerca de 74 watts, utilize uma página toda preta, que utiliza em média 59 watts. Esta pequena diferença significa muito em poupança de energia a nível mundial. Até porque os computadores desperdiçam metade da energia que consomem em calor, o que aumenta as emissões de dióxido de carbono. No caso de locais onde hajam muitos aparelhos, o calor emitido pode levar a que se invista em aparelhos de ar condicionado, o que vai piorar ainda mais o número de emissões.É com esta preocupação que os investigadores procuram maneiras de diminuir os gastos, através de computadores feitos de materiais ecológicos ou fontes de texto que gastam pouco.



Neste capítulo, a Ecofonte - inventada por uma empresa holandesa (www.ecofont.eu) - permite a poupança de 20% da tinta em cada impressão, devido aos círculos brancos que preenchem as letras. Por exemplo, se quiséssemos imprimir a palavra "verde", com a fonte ecológica pouparíamos a tinta de uma das letras em relação às fontes normais. Foi também a ideia da poupança de 15 watts entre abrir uma página branca e uma preta que levou ao desenvolvimento do Blackle. Este Google negro poupa 750 megawatts/hora de energia por ano, tendo em conta que o famoso motor de busca é aberto, todos os dias, cerca de 200 milhões de vezes. Até ao fecho deste artigo, tinham sido poupados pelo Blackle mais de mil milhões de watts/hora.



Em relação aos computadores, as marcas Asus e Dell conceberam aparelhos mais ecológicos, com poupanças de energia ao nível dos 70% (em média um PC tradicional consome entre 40 e 70 W/h). As caixas destes computadores são feitas de bambu, para alertar os consumidores para a urgência em ajudar o meio ambiente e também porque não são usadas tintas ou sprays no seu fabrico. Quanto à Fujitsu, está actualmente a desenvolver um computador que não consome energia quando não está em uso.



Vera Santos, da Recitoner, empresa que recicla tinteiros e toners, explica que com a reciclagem aumenta-se a capacidade do tinteiro "que normalmente vem de origem com apenas um terço do conteúdo em tinta." Estes consumíveis custam metade do preço, pois poupa-se na carcaça, "que é a parte mais cara", e no ambiente, pois para se fazer um invólucro de tinta são precisos cinco litros de petróleo.
Fonte: Jornal Diário de Notícias, 25 de Janeiro de 2009

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