quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Breve História dos Resíduos

Antigamente, as lixeiras a céu aberto eram a solução mais frequentemente adoptada, pois era o desfecho natural e ancestral dos resíduos, quando a quantidade de embalagens era extremamente reduzida e os resíduos orgânicos eram, por vezes, reaproveitados como adubo para as terras.

As lixeiras, já carregadas de embalagens e de matérias de decomposição lenta, representavam graves perigos de saúde pública e ambiental, pois contaminavam as aguas, o ar e os solos.
Os solos não eram isolados e as águas sujas afectavam os terrenos e as águas para consumo.
A decomposição gerava maus cheiros e atraía animais, que se tornavam portadores de doenças. O ar era afectado ao queimar-se lixo indiscriminadamente ou pelos gases libertados pela decomposição a céu aberto.

SABIA QUE?
Diariamente, cada um de nos e responsável pela produção de cerca de 1,3 kg de resíduos?
No final de um ano são quase 500 kg. Desses resíduos, 9% são embalagens de plástico.

Muitos dos resíduos depositados nas lixeiras eram materiais cujo tempo de decomposição era extremamente elevado: dezenas ou centenas de anos (metais, plásticos e vidro, entre outros).
Perante este problema, tornou-se obvio que as lixeiras não eram a solução adequada.
Assim, ao longo dos anos, as lixeiras foram sendo seladas e encerradas. Em sua substituição foram criados aterros sanitários controlados. Actualmente, e neste tipo de espaços que são colocados os resíduos não recicláveis.

Ao contrário do que se passava nas lixeiras, nos aterros sanitários e feito um isolamento dos terrenos onde são depositados os resíduos; assim não se contaminam os solos. Alem disso, as várias camadas de lixo são cobertas por camadas de terra, para não ficarem expostas ao ar.
As águas produzidas (aguas lixiviantes) são drenadas e conduzidas para uma Estação de Tratamento de Aguas Residuais (ETAR), podendo voltar ao ciclo hidrológico.


Ao separar e colocar nos ecopontos todas as embalagens usadas, os aterros sanitários só receberão os resíduos para os quais ainda não existe outra forma de tratamento/ valorização. Prolonga-se assim o tempo de vida útil dos aterros sanitários e poupa-se espaço.
Ao fim de alguns anos, quando o aterro esta cheio, procede-se ao seu encerramento, podendo ser plantada relva e outra vegetação, transformando o local, por exemplo, num jardim/zona de lazer com equipamentos para a infância.
Por outro lado, a reciclagem poupa recursos ao aproveitar a matéria-prima contida nas embalagens.

SABIA QUE?
Com todo o papel reciclado ate 2007 seria possível fazer tantos livros, que seria possível oferecer um a cada estudante existente no mundo?

A recolha selectiva dos resíduos de embalagens e já uma realidade nacional, tendo aumentado a colocação de ecopontos, de sistemas de recolha porta-a-porta, a construção de ecocentros e a instalação de centrais de triagem.
No entanto, ainda há muito a fazer, desde a oferta de mais e melhores serviços ligados a reciclagem, ate a maior sensibilização e motivação com vista a participação dos cidadãos naquilo que e a preservação de um bem comum: a Natureza.

SABIA QUE?
Todo o vidro já reciclado seria suficiente para encher camiões que, postos em fila,
cobririam a distancia de Lisboa até Madrid?

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